Carro novo ou usado: o que é melhor financeiramente?

Carro novo ou usado: o que é melhor financeiramente?

A decisão entre comprar um carro zero ou um seminovo é difícil. É preciso fazer algumas ponderações, como o que é bom, o que é melhor, quais são as melhores taxas de juros, escolher entre o que é necessário do que é apenas beleza. Ou seja, a compra de um carro novo ou seminovo sempre […]

A decisão entre comprar um carro zero ou um seminovo é difícil.

É preciso fazer algumas ponderações, como o que é bom, o que é melhor, quais são as melhores taxas de juros, escolher entre o que é necessário do que é apenas beleza.

Ou seja, a compra de um carro novo ou seminovo sempre terá pontos positivos e negativos.

E neste post você vai saber direitinho o que é melhor para você.

Diferença entre carro seminovo e usado:

Seminovo: ano de fabricação recente, entre dois ou três anos, e com baixa quilometragem,

Usado: gasto pelo uso contínuo ou prolongado, ou seja, um veículo desgastado.

Além disso, é preciso levar em conta a quilometragem ou estado de conservação.

Carro seminovo e usado: qual é a diferença?

De acordo com a FENAUTO – Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, apresenta uma classificação que estabelece a classificação de cada um:

  • usados jovens: de 4 a 8 anos de idade,
  • usados maduros: de 9 a 12 anos de idade,
  • usados velhinhos: de 13 ou mais anos de idade.

Aspecto financeiro

Realidade e expectativa: assim que você sair da concessionária, seu carro zero já perde aproximadamente 15% do seu valor. E não para por aí, com o tempo o valor de seu veículo só vai diminuir. Economicamente falando, é a conhecida depreciação do bem.

Já os carros seminovos ou usados possuem uma menor desvalorização.

O aspecto financeiro também leva em consideração o tempo e a eficiência do combustível.

Os seminovos apresentam tecnologia já ultrapassada, além do desgaste do tempo.

Isso é um fator que pesa na hora de fixar o valor do veículo.

Outro ponto a ser considerado e ressalta de maneira diferente é que carros mais antigos têm seguros mais baratos em relação aos novos.

O imposto é o IPVA, sigla de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.

Trata-se de um imposto estadual com a finalidade de arrecadação sobre os automóveis, independe de qual tipo de veículo automotor for: motos, carros, ônibus, caminhões, dentre outros.

Peças para carro usado: é fácil encontrar?

Se a sua intenção é comprar um carro usado, um modelo “mais antigo”, você deve levar em conta que pode não ser possível encontrar peças e acessório para o veículo.

Isso é uma dificuldade real.

Não encontrar peças novas para reposição acontece, em razão do modelo ter saído de linha, não ter mais fábrica no Brasil e por aí vai.

Outra coisa é com relação a gastos com manutenção, por exemplo, revisão, troca de pneus, troca de óleo e gastos que podem surgir em qualquer veículo mais antigo.

Por isso, antes de decidir pelo modelo e ano de fabricação, verifique quais despesas podem surgir ao comprar um carro usado.

Quanto ao IPVA

O valor do IPVA é calculado sobre o preço do carro que consta na tabela FIPE.

A Tabela Fipe fornece os valores dos veículos que são anunciados pelos vendedores.

Na verdade, a tabela FIPE é um parâmetro para compra e vender veículos.

Tanto concessionárias quanto particulares usam essa tabela para assim proceder com avaliação para compra e venda de um veículo.

Vale dizer que os valores apresentados pela tabela FIPE sofrem variações de acordo com o estado, cidade onde o carro é vendido, da mesma forma também vai para a conservação, a cor, os acessórios. Tudo o que pode influenciar nas condições de oferta e procura por um veículo específico.

Outra coisa acerca do ano do veículo. O ano se refere ao modelo e não se o veículo será para uso profissional ou especial.

Um carro seminovo ou usado, será mais barato que um zero, uma vez que o IPVA desse tipo der veículo é mais em conta, ou seja, mais barato do que um carro zero quilômetro.

À vista ou financiado?

Se o seu sonho é comprar um carro, saiba que você pode realizá-lo. Para isso, basta financiar seu carro e pagá-lo em até três anos.

Essa é a grande vantagem em financiar um carro. Como se trata de um bem caro, adquirir um automóvel passa a ser um sonho viável com o financiamento e parcelas mensais que cabem no bolso.

Por outro lado, se você já tem uma grana guardada ou aplicada em qualquer tipo de investimento, saiba que a melhor forma de adquirir um veículo é comprá-lo à vista.

Isso porque, com dinheiro na mão, a possibilidade de fazer um bom negócio e ganhar descontos é muito maior.

Financiamento de veículos

Há 3 principais tipos de financiamento de carros. Vejamos:

  1. Crédito Direto ao Consumidor – CDC: para financiar um veículo usado ou novo com este financiamento, é preciso fazer o pedido ao gerente da conta do seu banco, a fim de que seja feita uma simulação, de acordo com a sua renda. Caso o financiamento seja aprovado, o veículo é financiado, e você já sai da concessionária dirigindo seu carro.
  2. Leasing: em inglês significa arrendamento mercantil. Ou seja, parece um empréstimo bancário, um financiamento, mas, na verdade, funciona como um aluguel, ou seja, quem contrata o bem tem o direito de usá-lo.

Em outras palavras, uma empresa especializada aluga um veículo a você que começa a pagar o contrato de aluguel para usar o veículo pagando. Ao final do contrato, o banco oferece a opção de compra do produto nos valores de tabela FIPE. Nesse caso, você pode comprar o veículo, descontando o que já foi pago.

Como já dissemos, trata-se de um aluguel de veículo, no qual você tem um prazo máximo que gira em torno de dois anos. Ao final desse prazo, você pode quitar, devolver, comprar ou renovar.

  1. Consórcio: com o financiamento CDC ou com o leasing, você sai com o carro assim que o contrato for aprovado. Contudo, com o consórcio é um pouco diferente.

Inicialmente, você precisa participar de grupo de interessados, por meio de uma administradora e pagar parcelas mensais, montando uma espécie de poupança conjunta.

Todos os meses ocorre um sorteio, no qual uma pessoa do grupo é selecionada para receber a carta de crédito. Isso quer dizer que se você for sorteado, irá receber um montante para comprar seu carro.

Caso não seja sorteado, é possível dar lances, como um leilão. Nesse caso, se a sua oferta for maior do que o restante do grupo, pode levar a carta de crédito.

Além disso, a sua participação em um consórcio de carro lhe dá o direito de decidir os valores que irá pagar, escolher o tipo de veículo que quer comprar e pagar no consórcio o valor do bem em seu preço tabelado.

Vale dizer que os consórcios mais comuns são os administrados pelos bancos. Nesse caso, você só precisa pagar que os bancos cuidam de tudo para você.

Carro novo custa caro?

Aqui, nós vamos considerar a versão mais acessível de cada automóvel. Além disso, há também carros que ainda estão sendo vendidos, ainda que a produção tenha sido encerrada, como é o caso do Volkswagen Gol.

Para você ter uma ideia de como está o cenário econômico, entre os 10 carros mais baratos do Brasil, três modelos custam menos de R$ 70 mil e dois modelos da lista já superam os R$ 80 mil.

O Renault Kwid começa 2023 como o carro mais baratos do Brasil. É claro que trata da versão mais simples, sem opcionais. Valor: R$ 66.590.

Já o Chevrolet Onix, que já foi o mais vendido no Brasil e concorre agora com o HB20 começa com uma versão que possui de equipamentos como 6 airbags, ar-condicionado, assistente de partida em rampas, controles de estabilidade e tração, direção elétrica, rádio com USB e Bluetooth, rodas de aço de 14” com calotas, travas e vidros elétricos e computador de bordo. É uma das poucas versões com o 1.0 aspirado de três cilindros, com 82 cv e 10,6 kgfm, combinado ao câmbio manual de 6 marchas. Valor: R$ 79.730.

Agora, vamos às taxas

Para início de conversa, a taxa de juros do financiamento de automóveis inicia-se em torno 1,4% ao mês, o que equivale a 18,1% ao ano.

A título de exemplificação: se você pode dar R$ 15.000 de entrada até o final do financiamento serão R$ 10.200, ou 17% do valor total do bem, destinados à remuneração da instituição que lhe emprestou o dinheiro.

O valor da parcela, no período de 30 meses, vai ficar em torno de R$ 1.900. Além da taxa de licenciamento, IPVA, seguro, manutenção, combustível, depreciação.

A taxa de juros básica, a Selic está em 10,75% ao ano, com forte tendência de alta para desacelerar a inflação, também acima de 10% ao ano atualmente. Ou seja, inflação alta quer dizer despesas mais altas todos os meses.

Selic: Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Trata-se de um sistema administrado pelo Banco Central no qual são negociados títulos públicos federais. A taxa média registrada nas operações feitas diariamente nesse sistema equivale à taxa Selic que é a taxa básica de juros da economia que influencia todas as operações financeiras feitas no Brasil, incluindo as de crédito, como financiamentos, compras parceladas, empréstimos e outras.

Se você, por ventura, pegar o que talvez seria uma entrada de R$ 15.000 e investir esses mesmos R$ 15.000 em renda fixa e poupar R$1.900 por mês, acumulará os R$ 59.000 em 20 meses.

Isso quer dizer que você pode comprar um veículo zero com os mesmos R$ 59.000? Pode ser que sim. Tudo vai depender da inflação. Certo é que você não pagará 17% do valor do bem em juros.

O que queremos dizer aqui é que você pode avaliar se comprar um carro zero realmente vale a pena. Ou se não seria melhor um seminovo à vista.

Conclusão

O ideal é você fazer a aquisição de seu bem sem pressa, avaliando bastante os prós e contras.

Além disso, o país passa por uma instabilidade econômica. Outra coisa, não existe poder de compra que consiga alcançar a elevação de preços de carros.

Só para você ter uma ideia, do final de 2019 até o final de 2022, o preço médio do carro no Brasil subiu cerca de R$ 50 mil, ou alta de 63,4%, ao contrário do que aconteceu com o salário mínimo que subiu 20,4% entre 2019 e 2022.

De maneira que o brasileiro está de pés e mãos atados, uma vez que sua renda não evoluiu nesse mesmo ritmo.

Por isso, não compre um carro, seja ele zero ou usado, pensando somente no valor do veículo, tampouco por impulso, por achar que é o seu carro do coração.

Analise, porque quem tem de ganhar é você.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*Os comentários não representam a opinião do portal ou de seu editores! Ao publicar você está concordando com a Política de Privacidade.

Sem comentários