É possível compreendermos alfabetização financeira de duas formas:
1. a que se aplica ao indivíduo, isto é, como nos educamos financeiramente, e
2. a que se aplica à maneira de lidamos com ela, ou seja, como saber gerenciar nosso próprio dinheiro.
Dito isso, ser alfabetizado financeiramente significa termos a capacidade de avaliar os instrumentos financeiros aos quais nós temos para, assim, fazermos bom uso deles, tanto no momento da escolha como na maneira mais adequada de usá-los.
Segundo especialistas econômicos, a tríade: conhecimento financeiro, atitude financeira e comportamento financeiro é um mecanismo particular do capital humano o qual qualquer um pode adquirir durante sua vida, por meio da aprendizagem de assuntos que afetam diretamente à capacidade para gerir receitas, despesas e poupança de forma eficaz.
Por que a Educação Financeira é tão importante?
A maneira como nos comportamos financeiramente será uma característica importante, por isso, é essencial saber sobre a importância da educação financeira.
A educação financeira é também importante porque é ela que vai nos direcionar, tanto para o resultado positivo ou negativo da nossa vida financeira.
Ademais, ter consciência da educação financeira é que vai nos permitir ter um planejamento de despesas, saber relacionarmos o ganhamos e o quanto podemos gastar, da mesma forma, no momento em que for preciso fazermos investimentos.
Na verdade, a alfabetização financeira está ligada à nossa construção pessoal e na nossa participação ativa de indivíduos como um todo.
Dizendo de outra forma, estamos o tempo todo criando nossas teorias, de acordo com as nossas experiências, de maneira a nos permitir interpretar, predizer, responder e controlar os acontecimentos à nossa volta.
Nesse sentido, somos pessoas ativas e proativas na construção e na antecipação dos acontecimentos da vida.
Dizemos isso porque as atitudes financeiras são estabelecidas por meio de nossas convicções, naquilo em que acreditamos, especialmente no plano econômico, e será um fator-chave no processo de tomada de decisão pessoal.
Eu sou alfabetizado financeiramente?
. realidade para crianças: as crianças, além de serem inocentes, pequenas e indefesas, são dependentes de seus pais, por isso, não sabem dizer de onde vem os presentes, as roupas ou os brinquedos.
Se, desde de cedo, lhes for ensinado, calmamente, aos poucos, de que para se obter roupas, presentes ou brinquedos é preciso trabalhar, ajuntar dinheiro para poder comprar esses produtos, certamente, quando crescerem, serão adultos muito mais capacitados a lidar com o dinheiro e com a aquisição de bens.
. realidade para adultos: muitos adultos hoje não passaram por situações as quais lhe ensinaram acerca do valor do dinheiro, do valor das coisas e quanto custa cada vontade de ter uma roupa, um sapato, como também, quanto custa fazer uma viagem, quanto custa comprar uma casa.
Até aqui tudo bem.
Para os adultos de hoje, que foram crianças nas décadas de 1980,1990 ou até mesmo os recentes anos 2000, nada sabem sobre o mundo financeiro.
Na verdade, naquela época podia até ser dito que educação financeira não era assunto de criança.
Contudo, há indivíduos que prestaram atenção, tinham certa inclinação para o assunto e entenderam quão é importante saber quanto se ganha e o que pode gastar e o que deve guardar.
Pilares da educação financeira
Os especialistas definem como pilares da educação financeira a
. economia: não no sentido de apenas sabermos economizar dinheiro, mas também sobre estarmos por dentro de tudo que acontece em relação à economia do nosso país e do mundo.
. controle de gastos: ao mesmo tempo em que temos de ter controle de gastos, devemos também ter autoconhecimento de nossas despesas.
. aplicações/investimentos: ter como meta fazermos investimentos, aplicações e poupar dinheiro de maneira simples, concreta e inteligente.
. o planejamento: será com planejamento que saberemos gastar ou usar bem o nosso dinheiro e não “esbanjar” e chegar ao final do mês sem nenhuma grana.
O planejamento está ligado também ao nosso futuro, a nos propor metas e segui-las.
Dicas sobre educação financeira
As principais dicas sobre educação financeira devem ser:
. estudar,
. elaborar planilhas financeiras,
. ter noção do valor do dinheiro,
. saber quanto ganha,
. saber o que pode gastar,
. investir dinheiro,
. ter conta poupança,
. fazer reserva de emergência e, para os empresários,
. separar o seu dinheiro e o dinheiro do seu negócio.
Confira essas e outras dicas na sequência.
1. Estudar: o que a gente ensina aqui é que, para saber guardar dinheiro, é preciso saber como guardar o dinheiro.
Daí a importância de ouvir ou ler e acompanhar analistas financeiros que, muitas vezes, têm canais gratuitos no YouTube, publicam livros em PDF e oferecem gratuitamente na internet.
Ou seja, o assunto financeiro pode ser muitas vezes bem complicado, especialmente, no início, quando ainda estamos querendo começar a entender o assunto.
2. Manter Planilhas financeiras: quando falamos aqui em planilhas financeiras, não há necessidade em querer saber também sobre Excell.
O que aqui chamamos de planilha pode ser uma agenda ou o bloco de notas de um celular.
O que vale aqui dizer é que o mais importante é fazer visível o que ganhamos, o que gastamos, assim como nossos investimentos e poupança.
3. ter noção do valor do dinheiro: quem nunca ouviu alguém dizer “gasta porque não sabe quanto custa”, não é mesmo?
E aqui acrescentamos que, além de saber dar valor ao dinheiro, é saber também o quanto se ganha para somente assim saber o quanto pode gastar.
Isso resumido significa: o quanto se ganha e o quanto pode gastar.
Ter ciência desses dois fatores é imprescindível para uma vida financeira saudável, sem sustos, sem apavorar a cada final de mês, sem se desesperar quando as contas não batem, isto é, o salário não cobre as despesas.
Isso realmente é muito triste.
Por isso, é importante a planilha, a agenda ou o bloco de notas.
A partir do momento que conseguimos “ver” o quanto ganhamos e o quanto gastamos, podemos começar a economizar e cortas gastos supérfluos.
4. investir dinheiro: ou “empregar dinheiro” ou “fazer investimentos”. Tudo isso é a mesma coisa. Fazer um investimento significa pôr o dinheiro para nos ajudar, para trabalhar pra gente.
Ao pensar assim, cai por terra a ideia de que pra ganharmos muito dinheiro, é preciso trabalhar por longas horas, ter dois empregos, fazer horas extras.
Nada disso.
Investir dinheiro é muito mais simples.
Por isso, a razão da dica 1: estudar, entender como funciona o mercado financeiro e escolher a forma de investimento que se encaixa ao nosso perfil.
Investimento é também poupar. Ou seja, a poupança significa ter uma reserva financeira.
De acordo com o Banco Central é ter uma quantia em dinheiro guardada para uma finalidade futura, com rentabilidade definida por lei e que varia de acordo com a taxa Selic.
5. reserva de emergência: a vida é uma caixinha de surpresas… boas e inesperadas…
Por isso é preciso reservar algum valor para casos de emergências as quais não podemos controlar, como:
. Viagem inesperada,
. uma doença,
. uma cirurgia,
. um compromisso familiar,
. alguma reforma urgente residencial.
6. separe o seu dinheiro e o dinheiro do seu negócio: podemos pensar: Ah, a empresa é minha mesma, para que separar dinheiro.
Vamos deixar tudo no mesmo balaio.
Mas não é assim que as coisas funcionam.
A melhor coisa a fazer, ainda que a empresa dê pequenos, médios e grandes lucros, a melhor coisa a fazer é separar: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
E é bom acrescentar: o melhor é a criação de uma conta bancária específica para a empresa.