Arcabouço fiscal e o meu bolso: pequeno dicionário para entender alguns termos da economia

Arcabouço fiscal e o meu bolso: pequeno dicionário para entender alguns termos da economia

 Por que o arcabouço fiscal é importante? De acordo com os significados que a palavra possui, podemos entender arcabouço como uma estrutura, um conjunto no qual algo é baseado, construído. Daí, no campo político, o termo arcabouço fiscal é como um conjunto de regras cuja intenção é impedir o descontrole das contas públicas, é evitar […]

 Por que o arcabouço fiscal é importante?

De acordo com os significados que a palavra possui, podemos entender arcabouço como uma estrutura, um conjunto no qual algo é baseado, construído.

Daí, no campo político, o termo arcabouço fiscal é como um conjunto de regras cuja intenção é impedir o descontrole das contas públicas, é evitar que o governo gaste mais do que arrecada, para assim impedir a inflação.

Desse modo, ao ter consciência deste significado, certamente haverá mais previsibilidade com as finanças públicas e mais confiança por parte de credores, na economia, de forma que os investidores e agentes econômicos ficariam mais protegidos, e o cenário fiscal mais seguro. 

Dólar cai, bolsa sobe: o que é isso?

Para saber se o preço e a variação do dólar interferem diretamente na vida dos brasileiros, o que pode ser sentido – desde a ida ao supermercado e comprar produtos nacionais, à aquisição de compras de produtos importados – é preciso primeiro entender a diferença que ocorre com esta moeda aqui no Brasil.

Muito se fala em dólar comercial e dólar turismo. A cotação de ambos influencia, tanto a macroeconomia do país quanto “coisas” básicas do dia a dia.

Por isso ser tão importante reconhecer a diferença entre um e outro.

Dólar turismo: é uma forma de cotação da moeda americana adotada por agências de turismo, corretoras e correspondentes cambiais, e é designado a pessoas que pretendem viajar ao exterior. O dólar turismo pode ser oferecido em espécie ou em cartões pré-pagos e está submetido ao custo da moeda comercial, com o acréscimo do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) praticado pelo Governo Federal.

Dólar comercial: é uma forma de cotação da moeda americana com paridade na moeda brasileira, usado como parâmetro de pagamento nas transações com importações/exportações de produtos. O dólar comercial é usado para calcular as grandes movimentações de importação e exportação das empresas brasileiras. Além disso, o dólar comercial é também usado para avaliar a cotação considerada nas ações do governo no exterior, como, por exemplo, empréstimos de brasileiros residentes em outros países e, claro, registrado no Banco Central.

Agora, vamos entender como funciona a variação do dólar?

Alguns economistas comparam a variação do dólar a uma montanha russa, subindo e descendo, fazendo curvas perigosas e deixando todos os seus tripulantes enlouquecidos.

É verdade; a variação pode ser simbolizada dessa maneira.

Em primeiro lugar, o dólar comercial é usado em muitas situações, por exemplo:  transações comerciais, tanto do governo como dos bancos,

para compra e venda de mercadorias, investimentos, importações, e exportações. 

Podemos entender então que a variação do dólar ocorre diariamente, assim com a oferta e demanda do mercado desencadeia a variação da moeda.

Em outras palavras, o que acontece para haver variação da cotação do dólar comercial é, à medida que sobra dólar no mercado, a cotação fica mais baixa, da mesma forma que, quando a procura pela compra do dólar é grande, a cotação, naturalmente, vai subir.

Por que o dólar sobe?

O dólar sobe por pelo menos três fatores bem importantes:

  1. déficit da balança comercial: ou seja, quando o país importa mais do que exporta, a oferta de dólares diminui, daí puxa para cima a cotação da moeda.
  2. gastos no exterior: se um número grande de turistas brasileiros fora do país, vai gerar uma procura maior por dólares e que serão gastos fora do Brasil.
  3. juros americanos: no momento em que os juros nos Estados Unidos sobem, a tendência é que investidores no Brasil levem seu dinheiro para fora, uma vez que na américa os rendimentos ficam mais altos.

Por que o dólar cai?

Basta entendermos que, quando há muitos dólares entrando no mercado, o preço da moeda tende a cair. Na situação contrária, o que acontece é, quando se importa mais do que se exporta, a balança comercial registra um déficit, que significa que estamos mandando para fora mais dólares do que recebendo e, assim, o preço sobe.

o que faz a moeda americana subir será o contrário do que faz ela cair, ou seja, uma consequência, e que explica também a queda em relação ao real.

Veja só:

  1. Superávit comercial: à medida que as empresas brasileiras vendem muitos produtos para o exterior, entrarão muitos dólares no país, o que vai aumentar a oferta dos produtos.
  2. consumo de estrangeiros: da mesma forma, à medida que entram muitos turistas estrangeiros no Brasil e, consequentemente, muitos dólares entram juntos.
  3. Juros: à proporção que os juros brasileiros sobem, os investidores ficam de olho no mercado e, dessa forma, trazem dinheiro para cá, uma vez que aqui ganharão mais rendimentos.

Vai comprar com cartão de crédito? Cuidado

Todo cuidado é pouco no momento em que usamos nosso cartão de crédito. Sabe por que? A taxa de juros atinge 417,4% ao ano de 2023.

Por isso, é importante saber exatamente a hora melhor para comprar, como também a melhor maneira para pagar, para não cair neste absurdo que é a taxa de juros praticada pelas instituições financeiras.

Só a taxa de juros do cartão de crédito rotativo alcançou a marca de 6,0 pontos percentuais em fevereiro de 2023, para 417,4%.

O rotativo é um tipo de crédito oferecido ao consumidor quando ele não faz o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento. É o conhecido pagamento do valor mínimo da fatura. Vale acrescentar que o rotativo aparece também quando um consumidor paga qualquer quantia menor que o valor integral.

Em se tratando de inadimplência, o banco deverá parcelar o saldo devedor ou oferecer outra forma para quitar a dívida em condições mais vantajosas dentro de 30 dias.

Já o pagamento parcelado é uma compra à vista, à qual é necessário pagar o valor total da compra. Contudo, se o consumido opta pelo pagamento parcelado, o valor total da compra é dividido pelo número de prestações que o consumidor escolheu para pagar. Vale aqui dizer que a taxa do parcelado do cartão aumentou 7,6 pontos para 189,6%. Assim, a taxa de juros total do cartão de crédito variou de 94,9% para 101,4% em fevereiro de 2023.

Mas, uma coisa é certa: já que temos o cartão de crédito em mãos, o que temos a fazer é tirar proveito disso.

E sempre pensar nos juros, em não extrapolar nas compras, em não chegar ao limite.

Tudo isso está muito certo, mas há um lado do cartão der crédito que é bom.

O cuidado que devemos ter é com controle financeiro, especialmente se lidamos com mais de um cartão. 

Como o cartão de crédito é um produto que nos oferece muitas opções, vamos ter cuidado e saber lidar bem com todas as opções.

Veja só: 

  • ter controle financeiro, é importante sabermos gerenciar as despesas, limites e tarifas que envolvem cada um deles.
  • centralizar os gastos em apenas um cartão de crédito é interessante.
  • estabelecer um limite pessoal e fazer a soma dos limites de todos os cartões, principalmente dos dependentes.

E, finalmente aproveitar todos os benefícios com parcimônia.

Isso porque a maioria dos cartões de crédito oferece uma série de vantagens. Se abrirmos mão de algum deles significa perder dinheiro.

Daí o maior cuidado que devemos ter com o cartão de crédito é sabermos também usar:

cashback: a cada compra realizada com cartão de crédito, uma porcentagem é devolvida diretamente à conta. 

milhas e pontos: à medida que fizermos uso do cartão, o dinheiro é convertido em milhas e pontos. Assim, ganhamos descontos em passagens aéreas, hotéis, restaurantes, dentre outros.

isenção de anuidade: é uma maneira de economizarmos. E o que não falta hoje são instituições financeira que oferecem e não cobram a anuidade e além disso, oferecem vários benefícios. 

Agora, vamos resumir os cuidados com alguns bons lembretes:

Cuidado que devemos ter para não comprar algo indevido ou que possamos nos arrepender depois.

Não devemos aceitar instantaneamente cartões de crédito oferecidos em lojas. Isso porque as vantagens oferecidas não costumam sair de graça e, geralmente, têm juros e anuidade que estão camufladas nas promoções.

Por mais que passamos por dificuldade financeira, nunca é bom fazer saques com o cartão de crédito.

Não devemos atrasar o pagamento da fatura, nem pagarmos apenas o mínimo.

Todos os dias devemos aprender a usar o cartão de crédito a nosso favor.

Este é o grande segredo, a grande sacada. Este é o verdadeiro bom senso. 

O maior cuidado é: Usarmos o cartão de crédito com planejamento financeiro.

Que essas dicas nunca saem da nossa cabeça. 

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