Por que falar sobre a ausência de educação financeira?

Por que falar sobre a ausência de educação financeira?

A importância da educação financeira para toda faixa etária O consumo na sociedade muda o tempo todo. Dependendo da época, como Natal ou Dia das Mães, por exemplo, é comum o consumo aumentar, em razão da compra de presentes. Fato é que o consumo cresce e passa por rápidas e constantes mudanças. Contudo, na verdade, […]

A importância da educação financeira para toda faixa etária

O consumo na sociedade muda o tempo todo. Dependendo da época, como Natal ou Dia das Mães, por exemplo, é comum o consumo aumentar, em razão da compra de presentes.

Fato é que o consumo cresce e passa por rápidas e constantes mudanças.

Contudo, na verdade, o que fez esse processo acelerar não podia deixar de ser a economia globalizada e o avanço tecnológico.

Por isso, ser tão importante que os indivíduos tenham conscientização financeira, reconhecer a importância de controlar gastos e, principalmente, ter nítida compreensão do quanto ganha e do quanto, portanto, pode consumir.

Nesse post, vamos tratar sobre a importância da educação financeira e como ela deve alcançar todas as faixas etárias.

De acordo com especialista, há dois conceitos que abrangem a educação financeira:

Conceito 1. conjunto amplo de orientações e esclarecimentos sobre posturas e atividades adequadas no planejamento e uso de recursos financeiros pessoais e,

Conceito 2. direcionado às crianças: orientações que ajudarão as crianças a lidar com o dinheiro, agora e no futuro.

Assim sendo, qualquer indivíduo que é educado financeiramente irá se beneficiar em todos os aspectos de sua vida.

Isso porque saber gerenciar o lado financeiro da vida, contribui para uma

qualidade de vida mais saudável.

Ainda que o Brasil tenha pouca ou nenhuma educação financeira, não é mais possível a desinformação, especialmente, se o país apresenta economia instável.

O importante é não cometer erros sucessivos, um atrás do outro.

Viver com dívidas, perder salários, em razão de juros que corroem orçamentos, não podem acontecer o tempo todo com a maioria dos brasileiros.

A intenção da educação financeira é fazer com que as pessoas tenham noção do real valor de seus proventos, para, a partir daí, alcançarem boas atitudes e bons comportamentos.

Não saber gerir o próprio salário não é privilégio apenas de uma faixa etária. Jovens, adultos e idosos precisam reconhecer esse fato.

Muitas escolas já introduziram na grade curricular a educação financeira para jovens e crianças, de maneira que num futuro bem próximo cada vez mais pessoas consigam se organizar financeiramente.

Educação financeira para crianças

Geralmente, em países desenvolvidos a educação financeira cabe às famílias.

Às escolas, é apenas reservada a função de ampliar a informação que a criança recebe em casa.

No Brasil é diferente. Por não ser toda criança a receber de sua família a educação financeira, este trabalho se entende à escola.

Contudo, esse papel é recém-criado, não são todas as escolas que possuem em sua grade curricular tal conteúdo.

Desse modo, muitos alunos nem sequer sabem o que isso significa, ainda que em muitos livros didáticos é possível encontrar esse assunto, pois há muitos autores se preocupam com o tema.

O ideal é que todas as escolas, tanto da rede pública quanto da rede privada, se unam e capacitem suas crianças.

Isso porque a criança, desde a sua tenra idade escolar, saiba da importância da educação financeira em sua vida.

É preciso que a criança saiba desde cedo de onde vem o dinheiro, como ele é gerado e porque ele é tão importante para a economia de seu país.

A educação financeira certamente irá contribuir para que a criança, ao se tornar adulta, tenha uma relação equilibrada com o dinheiro.

Além disso, as chances de a criança se tornar um adulto consciente, em relação às suas finanças e aliada a educação de qualidade, certamente será um indivíduo muito melhor.

Educação financeira para jovens

A educação financeira é definida pela A OCDE – Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico como o processo pelo qual as pessoas aperfeiçoam o conhecimento sobre os produtos financeiros e, desse modo, com informação, formação e orientação, conseguem alcançar qualificações adequadas para avaliar riscos e oportunidades.

Além disso, a educação financeira auxilia na formação do indivíduo e, por essa razão, ele passa a ter uma postura mais comprometida com o seu próprio futuro, de maneira a fazer escolhas corretas e tomar atitudes que propiciem o seu bem-estar.

O Ministério da Educação e Cultura – MEC proporcionou que o tema, educação financeira, fosse apresentado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC/2018), como necessário ao currículo escolar.

O MEC acredita que os conceitos básicos de economia e finanças devem ser estudados por todos os estudantes para que possa estimular a autonomia dos alunos e despertar, especialmente, nos jovens, pontos de vista conscientes, acerca das diversas práticas financeiras do cotidiano.

Adquirir uma forte educação financeira e de qualidade propicia ao jovem a liberdade sobre suas decisões, tornando-os indivíduos críticos e participantes ativos da sociedade.

É sabido que o direito à educação de qualidade está previsto de no Art. 205, da Constituição Federal de 1988, ao dispor:

“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1988, p. 1).

O site Agência Brasil divulgou uma pesquisa do SPC Brasil que revelou que 47% das pessoas na faixa etária entre 18 a 25 anos não faz controle de seus gastos.

Vale dizer que a SPC Brasil é uma empresa de tecnologia vinculada à Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) que processa e armazena todas as operações de crédito realizadas pelas empresas no país.

A pesquisa também mostrou que algumas justificativas foram apresentadas para a falta de controle das finanças. São elas:

Dos entrevistados:

19% não sabem fazer controle de gastos e não sabem o que é educação financeira,

18% apresentam verdadeiro descaso, chegando à preguiça e não se incomodam com a ausência total de conhecimento financeiro,

18% não possuem hábito ou disciplina,

16% não têm rendimentos suficientes.

E o que é mais preocupante são os dados que revelam um endividamento recorde dos mais jovens. Isso, de acordo com a economista-chefe do SPC Brasil Marcela Kawauti.

Lembrando que o jovem usa o cartão de crédito para pagar dívidas que deveriam ser feitas à vista, ou seja, o cartão de crédito, geralmente, é usado para pagamento de contas do dia a dia, e não somente de contas básicas.

Desse modo, segundo a pesquisa, esse jovem se endivida com coisas que ele não deveria pagar a prazo, e sim à vista.

O que está dito na CF/1988 é importante e não deve ser esquecida nem por pais nem por escolas, para que números como esses, apresentados na pesquisa, não se repitam futuramente.

Educação financeira para o idoso

Já existiu um tempo em que a figura do idoso no Brasil estava relacionada apenas à pobreza.

No entanto, esse quadro mudou e hoje as pessoas idosas passaram a ter maior importância no mercado econômico como potenciais consumidoras.

Importante ressaltar que, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2019), que diz o seguinte:

Ainda que os idosos possam ser um grupo com menor participação no mercado de trabalho, o contingente de pessoas com mais de 60 anos economicamente ativas era de 5,9% em 2012 e em 2018 passou para 7,2%.

Ou seja, são 7,5 milhões de idosos na ativa, trabalhando.

Isso porque há empresários que acreditam no potencial dos idosos e os contratam.

Outro dado importante no qual não é preciso de pesquisa para perceber, no entanto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a população idosa aumentou consideravelmente nos últimos anos.

Em decorrência, surgiu uma nova classe de consumidores. Outro dado que contribui para esse feito foi que houve uma ascensão das classes populares para as camadas médias e, assim, o consumo entre os idosos aumentou também.

Embora essa transformação tenha animado o setor econômico e despertado o interesse para o surgimento de negócios voltados a atender essa faixa etária, os idosos tornaram um novo grupo de possíveis consumidores.

Nesse diapasão, os bancos, as instituições financeiras, de olhos bem abertos nesse crescimento econômico do idoso, criaram meios para atrair esse público.

Sem perderem tempo, os bancos, especialmente, criaram contratação de créditos, sobretudo o consignado, atraindo dessa forma a classe idosa.

E aqui chega o nosso ponto nefrálgico: os idosos tornaram-se presas fáceis.

O resultado: um crescente endividamento dessa população.

Aqui vale ressaltar a importância de intervenções educativas destinadas a esta faixa da população, que não deixa de ser vulnerável, não somente pelas condições de idade, mas também, em muitos casos pela baixa escolaridade e pela classe social à qual o idoso pertence.

Impossível se esquecer de que situações como uma doença ou desemprego de um filho, por exemplo, são fatores que podem desequilibrar o orçamento de um idoso.

É preciso reconhecer que para viver com apenas sua aposentadoria e, ao mesmo tempo ter qualidade de vida, é necessário muito planejamento financeiro, de maneira a permitir uma vida equilibrada.

Assim como qualquer pessoa, o idoso precisa de autonomia e independência.

É preciso que ele tenha consciência financeira para que, ao receber sua aposentadoria, não precise de intervenção de terceiros.

Por isso, a educação financeira é um instrumento capaz de dar essa liberdade ao idoso, a fim de que ele alcance segurança e bem-estar.

Para que o idoso possa perceber a importância da educação financeira, é preciso partir de alguns princípios, como:

. reconhecer quais são as formas de renda do idoso, ou seja, de pessoas, especialmente aposentadas e que tenham mais de 60 anos,

. possibilitar meios de investimento desse público,

. apurar quais são as principais formas de gastos,

. identificar quais são as necessidades e desejos do idoso, em relação às suas finanças.

Assim que o idoso tiver plena consciência de

. como usar o cartão de credito,

. ser incentivado a guardar parte de seus rendimentos na poupança ou a fazer investimento,

. ter noção pelo menos do que seja juros, inflação, e

. ser orientado a como fazer um planejamento financeiro, ele será mais feliz.

Assim como o idoso não deixa de ser alvo para as instituições financeiras, essas mesmas entidades podem também fazer o papel de informá-lo e auxiliá-lo na educação financeira.

Os governos dos estados trabalham publicando cartilhas que divulgam e orientam acerca da educação financeira.

Tudo isso não deixa de ser um estímulo para cada idoso.

É preciso que o idoso tenha conscientização sobre o assunto. Somente assim ele vai dedicar parte do seu tempo para estudar e compreender sobre o que pode impactar o seu dia a dia e, principalmente, o seu bolso.

Conclusão

De cada 10 brasileiros, seis, o que equivale a 58%, não se preocupam, tampouco se dedicam às atividades de controle da vida financeira.

Outra informação: 17% dos consumidores, na maioria das vezes, precisam pagar sua compras com cartão de crédito, cheque especial ou até mesmo pedir dinheiro emprestado para conseguir pagar as contas do mês.

No caso de jovens, o percentual aumenta para 24%. Além disso, há ainda pessoas que precisam recorrer ao crédito para complementar a própria renda.

Esses dados, foram divulgados pelo site Agência Brasil e foram obtidos numa pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Conforme a pesquisa, em todas as capitais a organização financeira não é um critério que preocupa a maioria dos consumidores.

É inegável que ter consciência financeira, saber o quanto ganha e o quanto pode gastar deve ser requisito essencial na vida de todo consumidor.

Para ter uma vida financeira saudável é preciso esforço de cada consumidor em buscar informação e exercitar a disciplina e incorporar a educação financeira em seu cotidiano.

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